Pensamentos e Ideias

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Paz e Organizações Religiosas



Antes de escrever este meu comentário, convém esclarecer os meus potenciais leitores de que sou cristão, não-católico e de que, a mensagem de Cristo e de outros grandes homens (tal como Ghandi, por exemplo), tem um grande significado para mim desde a minha infância. Agora que tenho 41 anos de idade e alguma experiência de vida, cheguei à conclusão de que o mundo só encontrará paz, quando as organizações religiosas deixarem de existir. Reparem que me refiro, propositadamente, às organizações religiosas e não às religiões. No meu entender existe uma grande diferença entre religião e organizações religiosas. A primeira, poderá ter um papel muito importante no que diz respeito a levar a paz ao mundo. Se for sentida por quem a pratica, como um modelo de vida pessoal, onde o respeito por todos os seres vivos é uma constante, então, será, sem dúvida, uma mais valia para o mundo poder viver em paz. Pelo contrário, as organizações religiosas são, no meu entender, o grande entrave para a paz no mundo. As organizações religiosas podem ter começado em pessoas que eram religiosas e podem, até, conter no seu seio pessoas religiosas. No entanto, haverá uma altura em que a sobrevivência da organização religiosa passará a ser mais importante do que a sua doutrina. A organização começa a ter vida própria. Começa a existir muita gente que não conhece outro tipo de vida que não aquele que a organização lhe proporciona. Começam a existir carreiras profissionais dentro dessas organizações. A sua influência, enquanto organização, começa a ser mais importante do que os seus próprios membros. Isto acontece em organizações religiosas de todo o mundo.
O ser humano só será verdadeiramente livre quando as organizações religiosas deixarem de existir. Essa será a próxima grande evolução do homem: libertar-se das correntes que essas organizações teimam em colocar à sua volta.